Voltámos a França, depois de 3 dias intensos no 2.º Congresso Internacional de Apicultura e Apiterapia. Os apicultores franceses viveram um ano muito difícil, com quebras de produção de 40% face a 2023, depois de uma primavera muito chuvosa e fria . No alinhamento da realidade europeia, as importações de mel barato (e muitas vezes fraudulento) dificultam a comercialização do pouco mel que se tem produzido. Há, naturalmente, muita frustração no setor , pela falta de resposta das instituições nacionais e europeias . Como muitas vezes repetido, corremos o risco da apicultura se transformar num mero hobby e perdermos o apicultor profissional, que garante não só a nossa autonomia na produção de mel, mas também, entre muitas outras coisas, os importantes serviços de polinização . Infelizmente, como se reflete em muitos outros produtos, a Europa está a abdicar da sua autonomia alimentar, confiando em países terceiros com práticas muito pouco éticas , em prejuízo do nosso setor primário e dos nossos consumidores. Ainda assim, foi bom voltar a estar com os nossos parceiros e procurar soluções em conjunto que garantam a viabilidade da nossa fileira .
